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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

NO SUAVE ARDOR DA LUTA

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NO SUAVE ARDOR DA LUTA

No suave ardor da luta
Começo a ser ave
E a querer voar.
As mãos em concha,
O orvalho,
A batuta,
O sangue das framboesas,
A sede de te amar.

Subo ao ramo mais alto,
Chamo por ti de mansinho,
Trepas a medo,
É tão breve o salto!

Voamos juntos?
-Não, ainda é cedo!

No ar, paira o cheiro a rosmaninho.
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